quinta-feira, janeiro 20

Filmes de 2010 (III) - Shutter Island

Adorei este filme. Não tenho nada a apontar.
Desde a prestação de categoria do Leonardo DiCaprio - A que ele já nos começou a habituar, desde “O Aviador”, passando pelo “Departed”, “Diamantes de Sangue”, “Apanha-me se Puderes”, “Revolutionary Road” e culminando, também este ano, no grande “A Origem” – Também de 2010 e que ainda me vai valer um grande post – Isto, está claro, se lhe conseguir fazer justiça por escrito, o que duvido muito.
Será que podemos esperar, a partir de agora, que haja uma ligação entre  Scorcese e Leonardo DiCaprio? Ambos gostaram bastante de trabalhar juntos (“Aviador”, “Departed”) e claro, nós gostámos bastantes do que conseguiram desenvolver - Pois o que seria de um sem um outro em ambos estes filmes?
A história trata mais ou menos disto:
Teddy Daniels, um US Marshall, e o seu novo parceiro Chuck são chamados a um hospital psiquiátrico para criminosos (Hospital for the criminally insane) localizado em Shutter Island. Foram chamados para investigar o desaparecimento de Rachel Solando (Emily Mortimer), que deixou para trás uma nota que dizia "The law of 4; who is 67?". O chefe de psiquiatria, Dr. John Cawley (muito bem retratado por Ben Kingsley) explica que Rachel foi institucionalizada após ter assassinado os seus três filhos mas recusou-se a aceitar o que fez e o facto de ter sido internada num hospital psiquiátrico.
Em “Shutter Island” o ambiente sombrio é, no mínimo, inspirador, e faz-nos lembrar a atmosfera de ”Voando sobre um ninho de cucos”, ou de um filme de terror dos mais antigos, que nos enregelam os ossos até ao tutano. Começando por ter um aspecto um pouco vintage, tratando tudo como se fosse um mistério policial digno de Hitchcock, com o detective e o seu ajudante, à moda quase de Ficheiros Secretos sem a parte do sobrenatural, somos absorvidos numa atmosfera arrepiante e misteriosa.
Confesso: Não gosto muito de Mark Ruffalo, mas aqui ele cumpre o seu papel com grande naturalidade e desconfiamos que algo de errado se passa, em grande parte devido às suas reacções ambíguas.
É impossível não estarmos totalmente colados à cadeira e deixarmo-nos envolver ao longo de toda a trama, tentando nós próprios desvendar o mistério antes do protagonista, convencidos que estamos com toda a certeza um passso (ou dois) já à sua frente. Aos poucos a atmosfera do filme torna-se mais e mais pesada, mais complexa, e quando chegamos ao final e as peças se encaixam... É como se tudo fizesse sentido, e temos vontade de voltar atrás e rever tudo outra vez! – Eu tive, definitivamente…
Vejam o filme. Um dos melhores deste ano.

quarta-feira, janeiro 19

Filmes de 2010 (II) - Easy A

À primeira vista, um filme de adolescentes normal, rotineiro, cliché. Mas a sua protagonista tem diálogos tão cativantes, que é impossível não nos identificarmos com ela de imediato. 
Este filem trata, entre outras coisas, da rapidez com que os boatos se espalham (neste caso, a uma velocidade estonteante, ao longo do filme).
Grande aparição da Lisa Kudrow,Stanley Tucci está hilariante e Amanda Bynes está absolutamente irritante - Supostamente era esse o objectivo... Ou Não?
Dentro do género - Comédia adolescente, só para o caso de não saberem - dos melhores e provavelmente o melhor deste ano! (Talvez depois de Scott Pilgrim Vs The World, apesar de este último ter reclamado toda uma categoria só para si. Ainda quero ver o Kick-Ass...)
Recomendo devido ao humor ao longo de todo o filme - Mesmo o meu tipo!  Lembrei-me de Juno, mas provavelmente foi só por uma questão de ter gostado de ambos - Se fosse eu a escrever toda a narração, ficaria extremamente orgulhosa! Vejam numa tarde particularmente deprimente e garanto-vos que ficam pelo menos mais bem dispostos!

terça-feira, janeiro 18

Falling in love - 1984

Desta feita, tive a oportunidade de ver um filme com Meryl Streep e Dustin Hoffman. Precisava de um pequeno aconchego para a alma e achei que era uma boa noite para um romance dos bons.
O que haverá nestes filmes mais antigos que não haverá nos recentes? Parece que na sua simplicidade de diálogos, de cenários, as actuações são mais verdadeiras, mais realistas... Parece que conseguimos mais facilmente, nem que seja por um momento, imaginar que somos nós, somos nós que vivemos tudo aquilo que nunca conseguiríamos realmente viver, sem ser assim. Os actores não parecem distantes ou irrealmente humanos, mas sim pessoas como nós - Apesar de igualmente bonitos, como manda a indústria não é verdade
Falling In Love é um filme romântico sobre um casal que, após uma série de desencontros, acaba por trocar algumas palavras no comboio. Todos os dias viajam juntos e aos poucos, a cumplicidade entre ambos vai crescendo. Ambos são casados. Ambos sabem. Mas às vezes, há simplesmente situações que são demasiado fortes, são demasiado únicas para serem ignoradas.
Gostei bastante. Ficará sem dúvida no cantinho em que guardo outros filmes da Meryl, bons simplesmente porque ela está ali, a prescindir de um pouco do seu encanto em prol nós, meros mortais. E que mais haverá a fazer, se não agradecer? (Nota: A ver, num sofá  numa noite chuvosa, sem o/a namorado/a, suspirando por um fling ardente na ingenuidade de não se ter bem a certeza... Se a vida será, ou não, quase como nos filmes)

segunda-feira, janeiro 17

Filmes de 2010 (I) - Salt

Primeira impressão: Filme com Angelina Jolie, deve ser comercial, nada contra... Entretenimento puro, mas também não me apetece pensar numa 6ª Feira à noite, depois de estar a estudar intensivamente para um exame particularmente maçador... Perfeito!
Segunda impressão: Hum, isto tem um ritmo alucinante que nunca mais pára. Lembra-me aquele filme, o... E o outro, aquele que até é bom...
Terceira: Hum. Gostava de saber um bocado mais da história. Mas parece aquela daquele filme que... Ou o outro que não era assim tão mau
Quarta: Mas esta mulher faz tudo? Olha agora tem o cabelo de outra cor. Parece aquela actriz do outro filme da outra vez.
Quinta (Já a divagar, após inúmeras explosões, perseguições de carros e cenas de pancadaria e tiros a elevada rapidez): Como será o guião? Só com descrições do que os actores estão a fazer e algumas falas das personagens secundárias "watch out!" e está feito?
Sexta: Ah. Olha. Por acaso não estava à espera. Ah. Olha, isso não torna o filme muito mais interessante. Pois, este é semelhante ao twist de dez outros filmes do género, que por sinal são bastante melhores.
Sétima: Hum. Quantos diálogos terão havido, ao todo, ao longo deste filme?
E por último: Porque é que perdi tempo a ver este filme quando há muitos mais a ver? Mais um no meio de tantos outros, é uma pena. Desperdício do Liev Schreiber e do Chiwetel Eliofor, que estava fabuloso no Serenity.
E tenho dito.

sábado, janeiro 15

O Falcão Maltês... E outros! Ou: Film Noir 101

Após muito tempo a adiar filmes e filmes, na semana a seguir aos exames, que estava a merecer começar a ver um clássico às duas da manhã e terminar às quatro, só porque podia. E o escolhido foi O Falcão Maltês.
A intriga é simples: Humpfrey Bogart é um detective privado, mulherengo, com um caso com a mulher do seu sócio. Um dia recebem uma cliente bastante atraente que lhes pede para ajudarem a encontrar o perseguidor da sua irmã. Mas essa investigação chega ao fim quando o seu parceiro é assassinado e Humpfrey se encontra como o principal suspeito, e no meio de algo muito maior do que estava inicialmente à espera. 
Primeiro ponto: SE querem ver um clássico film noir, é deste que estão à procura. Tem todos os elementos: A femme fatale, os criminosos com estilo e com grande palavreado enquanto seguram uma pistola na mão, as conversas sempre calmas e longos diálogos independentemente do perigo da situação ou do stress associado.  Humpfrey Bogart está fantástico, sempre com o seu tabaco de enrolar (contei pelo menos cinco vezes) na altura em que provavelmente o tabaco ainda era publicitado como fazendo bem ou pelo menos, ter muito, muito estilo! E sedutor, com aqueles beijos que só podiam mesmo existir naquela altura. Não é uma personagem simpática, mesmo porque não tem de ser e perderia a maior parte do seu charme. As constantes falsas acusações são também um grande cliché deste género de filmes, mas na sua busca pelo milenário falcão, Humpfrey Bogart nunca perde a sua compostura!
E para continuar a busca pelo clássico film noir, recomendo também Big Sleep, The Big Heat e claro A Sede do Mal (Touch of Evil) de Orson Wells, com Charlton Heston num filme que vos vai fazer querer ter nascido umas quantas décadas atrás! (Considerado o último grande film noir).
Como género já Neo-Noir (sendo que muitos críticos consideram como realmente film noir aqueles que foram feitos na época clássica) temos, por exemplo, o Cães Danados, Chicago, Fargo, Kiss Kiss Bang Bang, o Dália Negra do Brian de Palma e o (grande) filme Sin City.
E bem, aqui deixo este bocado de humilde conhecimento, e... Sigam o conselho, e aproveitem ao máximo uma noite sombria com chuva lá fora, imaginem-se num gabardine preta a fazer uma bela narrativa voz-off enquanto tentam acender um cigarro num canto de uma rua obscura... Quem sabe o que poderá acontecer?

sexta-feira, janeiro 14

Sobre True Blood

Confesso - Vi uma série de vampiros... E gostei!
Se tenho alguma desculpa? Se é uma série que retrata de uma forma muito mais convincentes os vampiros, retornando talvez ao Lestat ou ao Nosferatu? Não. É adaptado de um dos livros clássicos de Anne Rice, antes de começarem a surgir todas estas escritoras wannabe com a mania de quem sabe escrever histórias sobre vampiros só porque gostam do Robert Pattison?
 Não.
Então, mas o que raio aconteceu? Não faço ideia. A verdade é que True Blood, com uma imagem extremamente dark e o sotaque mais cerrado e a modos que provinciano (tanto quanto sei nos sotaques americanos, é a impressão que me dá)  que alguma vez foi ouvido nas colunas do meu computador, apanhou-me completamente desprevenida e disse "agora vias ficar aqui sentadinha até terminarem as três séries. E ainda te digo mais: Vais ficar à espera das outras que vierem a seguir e ainda te faço comprar os livros pelo caminho By The Way, toma aqui um Alexander Skarsgard tipo alpha male só para sofreres um bocadinho".
Sinceramente, o conceito não era novo, já tinha visto outras séries, e mais de uma perspectiva no que toca a este tema em particular, aliás todo este fascínio por vampiros desde o Twilight começava a enjoar, mas desta gostei!
Vou fazer o quê? (Continuo a espera de soltar umas boas gargalhadas quando sair o último filme da saga Twilight, sendo que já li o livro e foi isso mesmo que fiz: Ri, a bandeiras despregadas, ao longo do desenrolar da história, claramente que quando lhe dá para inventar, a Stephanie Meyer não tem mãos a medir. Estou para ver como é que põem aquilo no grande ecrã.)
Algo me diz que toda a saga de Sookie Stackhouse estará repleta do tipo de livros que fazem lembrar uma Nora Roberts disfarçada, uma senhora cuja ideia de homem perfeito é rude, inconstante e possessivo, em que todas as personagens masculinas irão flertar com a personagem principal e as descrições de cada cena terão sempre uma nuance sexual muito forte - Como se isso acontecesse mesmo no dia-a-dia de todos nós, comuns mortais. Os olhares são sempre penetrantes e acompanhados de pensamentos lascivos, os toques sempre ardentes e intensos... Enfim, o habitual!
Para além de tudo isto, resta dizer que todo o aspecto visual da série, dos posters, dos anúncios, está tudo muito bem feito, muito apelativo, muita gente bonita e nada de personagens irritantemente boazinhas - Pelo contrário - Se alguém o parece ser, é porque estamos prestes a ter uma bela surpresa. E todos sabemos como uma cara bonita pode ajudar (E muito!) e quem diz uma cara... Enfim, somos humanos não é?
Continuo a gostar da Buffy. E não haverá outra série igual, não fosse ela Joss Whedon made-by. Mas algo me diz que True Blood ainda nos vai surpreender, em muitos sentidos. Provavelmente não só a nível de roteiro (que penso que será mesmo diferente da linha que seguem os livros) mas também a nível de casting, que até agora a meu ver tem sido impecável.

quinta-feira, janeiro 13

Sobre 2010 e o que se poderá esperar de 2011

O ano passado, provavelmente mais cedo que este ano - Peço desculpa pela prolongada ausência - escrevi um texto com inúmeros desejos para o ano que estava a chegar...
Chegou a altura de fazer o tal balanço... Quem sabe, fazer mais uma resolução ou duas...
Começo por dizer que este ano as passas estiveram em grande na minha passagem de ano. Se gostei? Não. Se foi necessário? Sim, já era tempo! E com champanhe que se não era bom, àquela hora já parecia quase néctar dos deuses comparado com os vários tipos de sangria caseira que tínhamos à nossa disposição (já se sabe como é, passagens de ano em casa vai acabar sempre por dar para "aquele amigo que sabe fazer sangria" fazer uns quantos tipos diferentes em quantidades industriais e claro ou ficam extremamente doces, ou extremamente fortes... Qualquer bebida em comparação fica a parecer muito, muito boa!) Bem!
Vamos lá para a introspecção?
Há um ano atrás... Tinha muitos objectivos para cumprir.Sonhos, desejos?
Posso dizer sem sombra de dúvida que o ano que passou...
Foi muito melhor do que o anterior. Por alguns motivos mais óbvios que outros - Embora não possa dizer que foi sempre fácil, nunca o é verdadeiramente, e sim já sabemos. Este ano fui feliz. Mais do que uma vez ou duas, encontrei-me simplesmente a pensar, "sou feliz" e gostei! 
Apesar de (ainda) não ter conhecido o Hugh Jackman, ou qualquer tipo de australiano, sempre conheci um William da Califórnia que estudava Finanças e era bastante atraente. Tem de contar para alguma coisa não é? Acho que para conhecer o Hugh tenho de fazer um plano um pouco mais longo, digamos cinco,  dez anos. Mas o importante é não desistir, está claro.
Fiz o dobro e conheci o dobro. Não só do mundo, das pessoas à minha volta, mas também de mim! Conheci o Museu do Cinema, em Turim, A Plaza de la Virgen em Valência e fiz metade do caminho entre Antuérpia e Paris - Com muita, muita neve. Embarquei sozinha em aventuras que me fascinaram, que me intrigaram, que me fizeram crescer em inúmeros sentidos. E adorei.
Estive lá para quem precisou de mim, mais que uma vez, mas também precisei que estivessem por mim, e finalmente - Eu suportei-me a mim própria muitas vezes - E acreditem, não foi tão mau quanto isso.
Famosa? Não sei, mas pelo menos fiquei conhecida em Valência como "la chica portuguesa que canta como un angel". E isso já foi qualquer coisa. Também em Valência recebi uma rosa e passeei à beira-mar com um espectacular Oxfordiano - E que bem que soube!
Continuo a querer fazer escalada - Este ano estou só à espera de um daqueles descontos fantásticos e não espero duas vezes! Talvez também um curso de escrita criativa, que sempre quis fazer? Talvez, talvez...
Sobrevivi ao meu projecto final de curso - E com boa prestação! Aprendi que trabalhar com as pessoas pode ser sempre o mais difícil de tudo e que um trabalho pode tornar-se exponencialmente mais complicado se as pessoas com quem estamos a trabalhar forem as erradas, ou simplesmente não adequadas à nossa maneira de ser!
Aderi ao projecto que se chama "Winkingbooks" (se quiserem aderir façam-no por minha recomendação, por favor) em que recebi em casa livros que gostava de ler já há algum tempo e enviei outros que já só estavam por aqui por puro coleccionismo, não por serem necessariamente bons ou por me terem dado gosto a ler.
Sobre mim própria descobri que sou muito mais, consigo muito mais e claro, serei sempre mais do que o crédito que me dou. E que se quiser mesmo algo, serei capaz com toda a certeza. Descobri que o inferno não são só os outros, mas sim nós próprios, e que pode ser muito difícil conseguirmos superar os desafios que levantamos para nós mesmos. Devemos ser sempre tão exigentes quanto possível, e esperar sempre mais. 
Os meus avós ficaram connosco mais um ano. E as minhas tias. E os meus pais. E a minha irmã. E ninguém imagina sequer o fantástico que isso é.
Não pedi desculpa a todos os que magoei simplesmente porque às vezes, magoamos por querer. Às vezes, temos de magoar para fazer entender e às vezes, não há sequer desculpa que valhe. Mas sei que pedi desculpa de todas as vezes em que fizeram realmente por merecer o meu respeito - E continuarei a pedir as vezes que forem precisas.
E pensando agora neste ano que está para vir...
Este ano vou mesmo (mesmo!) fazer escalda, está mais que prometido... E vou pegar numa mochila e conhecer mais um bocadinho de Portugal, fazer um interrail pelo país, conhecer mais e viver mais. Vou a Andorra, a Barcelona e a Madrid e se tudo correr bem mais sítios e mais viagens, ainda, que o ano que passou.
Este ano vou continuar a ver filmes do Hitchcock. Não só porque são muito bons, mas também porque ainda não os vi todos - Mas também, sinceramente, quem é que já viu, não é? (Agora sem desculpas... Se não for este ano, algum dia há-de ser! Já faltou mais). Quero ver os filmes que forem nomeados para os Óscares, que este ano me parecem com bastante qualidade - Para poder continuar a dar a minha opinião crítica mas extremamente bem informada.
Este ano quero continuar a surpreender-me, a conhecer coisas novas e a descobrir-me, todos os dias. Quero continuar a cantar, a tocar guitarra e a escrever tudo o que me estiver na alma - Porque já sei que só assim serei realmente eu.
Este ano quero muitos cafés, muitos copos no Bairro (com moderação) e muitas idas ao cinema - Home Cinema e discussões cinéfilas incluídas  - Quero muitos jantares com amigos e muitos momentos bem passados. Quero karaoke e cocktails. Quero singing in the rain
Quero romance e paixão na minha vida - Mas mais para o final do ano, que ainda estou em recuperação, ou liberdade condicional. E a curto prazo, que este coraçãozinho ainda não suporta assim tanta coisa.
Este ano quero ler mais! (Se bem que o tempo disponível não ajuda) Quero experimentar comida tailandesa, comer mais vezes mexicana e indiana, e quem sabe também ir para a russa e africana só para ver como é! Este ano quero cozinhar mais e aprender mais sobre sustentabilidade e responsabilidade social!
Este ano quero terminar as aulas do mestrado, começar a tese e fazer Erasmus - Quero viver ao máximo tudo que houver para viver e não deixar de fazer nada só porque não tenho companhia, ou porque não tenho "coragem" para tal. Este ano, se o dinheiro der para esse lado, quero fazer skydiving! (A sério)
Quero escrever mais neste blog que gosto tanto e que faz tanto parte de mim - Em ambos, que me completam, cada um à sua maneira... Quero aventurar-me no francês e acabar com o inglês de vez, talvez voltar a dar uma voltinha pelo espanhol!
E resta-me completar este post com o mesmo que terminei o ano passado - Pois continuo a desejar o mesmo, e a acreditar que o truque é mesmo esse:  over and over again.
Este ano, vou continuar aqui, a ser eu, a tentar colocar uma certa indignação, um sorriso, na cara de quem passa por aqui para ver o que terei escrito nos últimos dias.
Este ano vou ser eu, e espero conseguir sê-lo cada vez melhor.

quarta-feira, janeiro 12

Sleuth - 2007

Só mesmo porque já não faço uma review aqui há algum tempo... Vi finalmente o Sleuth com o Michael Caine e o Jude Law, e tenho a dizer: Medo! Se se pode dizer que há más prestações? Claro que não! Sempre é o Michael Caine, que tanto quanto eu sei, nem que quisesse fazer uma má prestação, aquele sotaque britânico com toda a certeza que salvaria o dia... E o Jude Law tinha ali uma oportunidade de brilhar de proporções gigantescas - Sendo que para os que viram o original, sabem do que estou a falar - E sim, estou a abrir uma exclusividade para o Sleuth original, porque já o mencionei no blog e tinham toda a obrigação de ir ver. Não posso dizer que é um mau filme, ou que mais valia não ter sido feito... Verdade seja dita, para quem não conhece o twist, é capaz de permanecer com um certo nível, uma certa intriga, enigmas por resolver...
Mas bem, o filme desenvolveu-se para um lado um pouco... Digamos que, inesperado, e não necessariamente num bom sentido. Chamem-me antiquada se quiserem - O que eu sei, é que na versão original não havia essas mariquices e estava muito bem assim - Porquê estragar o que estava bom? O filme tornou-se mais confuso, alguns temas eram centrais e deixaram de o ser, e outros tornaram-se desastrosamente óbvios quando passavam por muito, muito subtis.
Não posso dizer muito mais sem cumprir a minha regra de não-spoiler, mas posso dizer o seguinte - Não queria, de todo, ver este lado do Michael Caine. Para isso vou rever o Mamma Mia, na primeira música que o Pierce Brosman canta com a Meryl. E tenho o meu dia, no que toca a estragar imagens na minha cabeça, feito. Aliás, o mês inteiro. E mais uma coisinha - Acho muito bem que o Laurence Olivier, na outra versão, se tenha recusado a fazer estas poucas-vergonhas! E tenho dito!
(Calma, estou a exagerar um pouco, não estarão prontos a ver uma versão porno do Sleuth, starring Michael Cain, Jude Law e a difamada esposa. Mas só não digam depois que eu não avisei)

terça-feira, janeiro 11

Um Dia - David Nicholls


"Vinte anos, duas pessoas, um dia"
Este Natal recebi o livro "Um Dia", de David Nichols. Como já andava a namorá-lo há algum tempo, achei por bem pô-lo à frente do monte assustador de livros que tenho à espera de serem lidos por mim e começar a lê-lo logo no dia em que o recebi (ou seja, dia 23 de Dezembro, sendo que foi uma prenda de Natal antecipada).
Ora, tenha sido por estar perto de uma lareira, numa casa cuja temperatura ambiente deixava muito a desejar, e pouco mais para além dos já habitueés filmes de Natal a passar na televisão, a verdade é que no final do dia 25 o livro estava lido.
O que tenho a dizer? Bem que gostava de saber! Mas bem, já que comecei a escrever aqui umas coisas... Devo dizer que há muito tempo que não gostava tanto de um livro com uma escrita tão simples, com tema igualmente simples - Pessoas, amor - ou falta dele -  Atracção, crescer, distância, solidão, a vida que acontece sem darmos por isso e claro, romance, desencontros, e tantos tipos diferentes de emoção que é difícil falar deles com alguém que não leu também o livro.
Queria ler o livro porque uma amiga minha me emprestou um dos livrinhos que alguém teve a ideia de distribuir no autocarro, para pôr aquele "bichinho", e não é que resultou? Fiquei completamente agarrada. Mas quem lê apenas o primeiro capítulo não faz ideia da maturidade que está prestes a revelar-se ao longo do livro. A honestidade. A experiência de vida, o desenrolar de tudo. O final.
Se não chorei foi porque enfim, não sou assim tão menina. Ou não estava naquela altura do mês. Ou estava demasiado ocupada a pensar "Espectacular" e "será que ele tem mais livros?".
Enfim, leiam o livro, fiquem a conhecer a Emma e o Dexter, e os vinte anos que passam mais ou menos presentes na vida de cada um, acompanhem em quem se tornará a rapariga perspicaz e com respostas na ponta da língua, e o rapaz com demasiado dinheiro para ser psicologicamente saudável e demasiados mother issues para o seu próprio bem.

Deixo-vos o booktrailer (Aparentemente, cada vez mais em voga, e que dá um olhar mais cinematográfico à coisa - Tenho a dizer que já decidiram passar o filme para o grande ecrã supostamente para sair para o próximo ano - Mas não deixem de ler o livro! Sabe-se lá que monstruosidade poderão cometer na passagem para o roteiro, já se viu tanta coisa não é. Anne Hathaway e Jim Sturgess, de quem gosto bastante... Quem sabe, pode ser que até fique bem não é?)
Enjoy =)


domingo, janeiro 2

Curtas de Animação (XIV) - A Short Love Story in Stop Motion (2008)

Esta curta de animação conta-nos uma história de amor de várias gerações, e conta essa história de uma maneira simplesmente lindíssima, não só pela parte visual, mas também musical (Sigur Ros). No website do autor argentino, Carlos Lascano, ele diz-nos que usou apenas objectos reais e desenhos feitos à mão, para conseguir um efeito mais real e orgânico. 
Por isso, não se inibam e aproveitem um bom fullscreen nestes três minutos de animação! A simplicidade e ao mesmo tempo a atenção aos pormenores fazem esta uma das melhores curtas que eu já vi!