quinta-feira, janeiro 20

Filmes de 2010 (III) - Shutter Island

Adorei este filme. Não tenho nada a apontar.
Desde a prestação de categoria do Leonardo DiCaprio - A que ele já nos começou a habituar, desde “O Aviador”, passando pelo “Departed”, “Diamantes de Sangue”, “Apanha-me se Puderes”, “Revolutionary Road” e culminando, também este ano, no grande “A Origem” – Também de 2010 e que ainda me vai valer um grande post – Isto, está claro, se lhe conseguir fazer justiça por escrito, o que duvido muito.
Será que podemos esperar, a partir de agora, que haja uma ligação entre  Scorcese e Leonardo DiCaprio? Ambos gostaram bastante de trabalhar juntos (“Aviador”, “Departed”) e claro, nós gostámos bastantes do que conseguiram desenvolver - Pois o que seria de um sem um outro em ambos estes filmes?
A história trata mais ou menos disto:
Teddy Daniels, um US Marshall, e o seu novo parceiro Chuck são chamados a um hospital psiquiátrico para criminosos (Hospital for the criminally insane) localizado em Shutter Island. Foram chamados para investigar o desaparecimento de Rachel Solando (Emily Mortimer), que deixou para trás uma nota que dizia "The law of 4; who is 67?". O chefe de psiquiatria, Dr. John Cawley (muito bem retratado por Ben Kingsley) explica que Rachel foi institucionalizada após ter assassinado os seus três filhos mas recusou-se a aceitar o que fez e o facto de ter sido internada num hospital psiquiátrico.
Em “Shutter Island” o ambiente sombrio é, no mínimo, inspirador, e faz-nos lembrar a atmosfera de ”Voando sobre um ninho de cucos”, ou de um filme de terror dos mais antigos, que nos enregelam os ossos até ao tutano. Começando por ter um aspecto um pouco vintage, tratando tudo como se fosse um mistério policial digno de Hitchcock, com o detective e o seu ajudante, à moda quase de Ficheiros Secretos sem a parte do sobrenatural, somos absorvidos numa atmosfera arrepiante e misteriosa.
Confesso: Não gosto muito de Mark Ruffalo, mas aqui ele cumpre o seu papel com grande naturalidade e desconfiamos que algo de errado se passa, em grande parte devido às suas reacções ambíguas.
É impossível não estarmos totalmente colados à cadeira e deixarmo-nos envolver ao longo de toda a trama, tentando nós próprios desvendar o mistério antes do protagonista, convencidos que estamos com toda a certeza um passso (ou dois) já à sua frente. Aos poucos a atmosfera do filme torna-se mais e mais pesada, mais complexa, e quando chegamos ao final e as peças se encaixam... É como se tudo fizesse sentido, e temos vontade de voltar atrás e rever tudo outra vez! – Eu tive, definitivamente…
Vejam o filme. Um dos melhores deste ano.

quarta-feira, janeiro 19

Filmes de 2010 (II) - Easy A

À primeira vista, um filme de adolescentes normal, rotineiro, cliché. Mas a sua protagonista tem diálogos tão cativantes, que é impossível não nos identificarmos com ela de imediato. 
Este filem trata, entre outras coisas, da rapidez com que os boatos se espalham (neste caso, a uma velocidade estonteante, ao longo do filme).
Grande aparição da Lisa Kudrow,Stanley Tucci está hilariante e Amanda Bynes está absolutamente irritante - Supostamente era esse o objectivo... Ou Não?
Dentro do género - Comédia adolescente, só para o caso de não saberem - dos melhores e provavelmente o melhor deste ano! (Talvez depois de Scott Pilgrim Vs The World, apesar de este último ter reclamado toda uma categoria só para si. Ainda quero ver o Kick-Ass...)
Recomendo devido ao humor ao longo de todo o filme - Mesmo o meu tipo!  Lembrei-me de Juno, mas provavelmente foi só por uma questão de ter gostado de ambos - Se fosse eu a escrever toda a narração, ficaria extremamente orgulhosa! Vejam numa tarde particularmente deprimente e garanto-vos que ficam pelo menos mais bem dispostos!

terça-feira, janeiro 18

Falling in love - 1984

Desta feita, tive a oportunidade de ver um filme com Meryl Streep e Dustin Hoffman. Precisava de um pequeno aconchego para a alma e achei que era uma boa noite para um romance dos bons.
O que haverá nestes filmes mais antigos que não haverá nos recentes? Parece que na sua simplicidade de diálogos, de cenários, as actuações são mais verdadeiras, mais realistas... Parece que conseguimos mais facilmente, nem que seja por um momento, imaginar que somos nós, somos nós que vivemos tudo aquilo que nunca conseguiríamos realmente viver, sem ser assim. Os actores não parecem distantes ou irrealmente humanos, mas sim pessoas como nós - Apesar de igualmente bonitos, como manda a indústria não é verdade
Falling In Love é um filme romântico sobre um casal que, após uma série de desencontros, acaba por trocar algumas palavras no comboio. Todos os dias viajam juntos e aos poucos, a cumplicidade entre ambos vai crescendo. Ambos são casados. Ambos sabem. Mas às vezes, há simplesmente situações que são demasiado fortes, são demasiado únicas para serem ignoradas.
Gostei bastante. Ficará sem dúvida no cantinho em que guardo outros filmes da Meryl, bons simplesmente porque ela está ali, a prescindir de um pouco do seu encanto em prol nós, meros mortais. E que mais haverá a fazer, se não agradecer? (Nota: A ver, num sofá  numa noite chuvosa, sem o/a namorado/a, suspirando por um fling ardente na ingenuidade de não se ter bem a certeza... Se a vida será, ou não, quase como nos filmes)

segunda-feira, janeiro 17

Filmes de 2010 (I) - Salt

Primeira impressão: Filme com Angelina Jolie, deve ser comercial, nada contra... Entretenimento puro, mas também não me apetece pensar numa 6ª Feira à noite, depois de estar a estudar intensivamente para um exame particularmente maçador... Perfeito!
Segunda impressão: Hum, isto tem um ritmo alucinante que nunca mais pára. Lembra-me aquele filme, o... E o outro, aquele que até é bom...
Terceira: Hum. Gostava de saber um bocado mais da história. Mas parece aquela daquele filme que... Ou o outro que não era assim tão mau
Quarta: Mas esta mulher faz tudo? Olha agora tem o cabelo de outra cor. Parece aquela actriz do outro filme da outra vez.
Quinta (Já a divagar, após inúmeras explosões, perseguições de carros e cenas de pancadaria e tiros a elevada rapidez): Como será o guião? Só com descrições do que os actores estão a fazer e algumas falas das personagens secundárias "watch out!" e está feito?
Sexta: Ah. Olha. Por acaso não estava à espera. Ah. Olha, isso não torna o filme muito mais interessante. Pois, este é semelhante ao twist de dez outros filmes do género, que por sinal são bastante melhores.
Sétima: Hum. Quantos diálogos terão havido, ao todo, ao longo deste filme?
E por último: Porque é que perdi tempo a ver este filme quando há muitos mais a ver? Mais um no meio de tantos outros, é uma pena. Desperdício do Liev Schreiber e do Chiwetel Eliofor, que estava fabuloso no Serenity.
E tenho dito.

sábado, janeiro 15

O Falcão Maltês... E outros! Ou: Film Noir 101

Após muito tempo a adiar filmes e filmes, na semana a seguir aos exames, que estava a merecer começar a ver um clássico às duas da manhã e terminar às quatro, só porque podia. E o escolhido foi O Falcão Maltês.
A intriga é simples: Humpfrey Bogart é um detective privado, mulherengo, com um caso com a mulher do seu sócio. Um dia recebem uma cliente bastante atraente que lhes pede para ajudarem a encontrar o perseguidor da sua irmã. Mas essa investigação chega ao fim quando o seu parceiro é assassinado e Humpfrey se encontra como o principal suspeito, e no meio de algo muito maior do que estava inicialmente à espera. 
Primeiro ponto: SE querem ver um clássico film noir, é deste que estão à procura. Tem todos os elementos: A femme fatale, os criminosos com estilo e com grande palavreado enquanto seguram uma pistola na mão, as conversas sempre calmas e longos diálogos independentemente do perigo da situação ou do stress associado.  Humpfrey Bogart está fantástico, sempre com o seu tabaco de enrolar (contei pelo menos cinco vezes) na altura em que provavelmente o tabaco ainda era publicitado como fazendo bem ou pelo menos, ter muito, muito estilo! E sedutor, com aqueles beijos que só podiam mesmo existir naquela altura. Não é uma personagem simpática, mesmo porque não tem de ser e perderia a maior parte do seu charme. As constantes falsas acusações são também um grande cliché deste género de filmes, mas na sua busca pelo milenário falcão, Humpfrey Bogart nunca perde a sua compostura!
E para continuar a busca pelo clássico film noir, recomendo também Big Sleep, The Big Heat e claro A Sede do Mal (Touch of Evil) de Orson Wells, com Charlton Heston num filme que vos vai fazer querer ter nascido umas quantas décadas atrás! (Considerado o último grande film noir).
Como género já Neo-Noir (sendo que muitos críticos consideram como realmente film noir aqueles que foram feitos na época clássica) temos, por exemplo, o Cães Danados, Chicago, Fargo, Kiss Kiss Bang Bang, o Dália Negra do Brian de Palma e o (grande) filme Sin City.
E bem, aqui deixo este bocado de humilde conhecimento, e... Sigam o conselho, e aproveitem ao máximo uma noite sombria com chuva lá fora, imaginem-se num gabardine preta a fazer uma bela narrativa voz-off enquanto tentam acender um cigarro num canto de uma rua obscura... Quem sabe o que poderá acontecer?

sexta-feira, janeiro 14

Sobre True Blood

Confesso - Vi uma série de vampiros... E gostei!
Se tenho alguma desculpa? Se é uma série que retrata de uma forma muito mais convincentes os vampiros, retornando talvez ao Lestat ou ao Nosferatu? Não. É adaptado de um dos livros clássicos de Anne Rice, antes de começarem a surgir todas estas escritoras wannabe com a mania de quem sabe escrever histórias sobre vampiros só porque gostam do Robert Pattison?
 Não.
Então, mas o que raio aconteceu? Não faço ideia. A verdade é que True Blood, com uma imagem extremamente dark e o sotaque mais cerrado e a modos que provinciano (tanto quanto sei nos sotaques americanos, é a impressão que me dá)  que alguma vez foi ouvido nas colunas do meu computador, apanhou-me completamente desprevenida e disse "agora vias ficar aqui sentadinha até terminarem as três séries. E ainda te digo mais: Vais ficar à espera das outras que vierem a seguir e ainda te faço comprar os livros pelo caminho By The Way, toma aqui um Alexander Skarsgard tipo alpha male só para sofreres um bocadinho".
Sinceramente, o conceito não era novo, já tinha visto outras séries, e mais de uma perspectiva no que toca a este tema em particular, aliás todo este fascínio por vampiros desde o Twilight começava a enjoar, mas desta gostei!
Vou fazer o quê? (Continuo a espera de soltar umas boas gargalhadas quando sair o último filme da saga Twilight, sendo que já li o livro e foi isso mesmo que fiz: Ri, a bandeiras despregadas, ao longo do desenrolar da história, claramente que quando lhe dá para inventar, a Stephanie Meyer não tem mãos a medir. Estou para ver como é que põem aquilo no grande ecrã.)
Algo me diz que toda a saga de Sookie Stackhouse estará repleta do tipo de livros que fazem lembrar uma Nora Roberts disfarçada, uma senhora cuja ideia de homem perfeito é rude, inconstante e possessivo, em que todas as personagens masculinas irão flertar com a personagem principal e as descrições de cada cena terão sempre uma nuance sexual muito forte - Como se isso acontecesse mesmo no dia-a-dia de todos nós, comuns mortais. Os olhares são sempre penetrantes e acompanhados de pensamentos lascivos, os toques sempre ardentes e intensos... Enfim, o habitual!
Para além de tudo isto, resta dizer que todo o aspecto visual da série, dos posters, dos anúncios, está tudo muito bem feito, muito apelativo, muita gente bonita e nada de personagens irritantemente boazinhas - Pelo contrário - Se alguém o parece ser, é porque estamos prestes a ter uma bela surpresa. E todos sabemos como uma cara bonita pode ajudar (E muito!) e quem diz uma cara... Enfim, somos humanos não é?
Continuo a gostar da Buffy. E não haverá outra série igual, não fosse ela Joss Whedon made-by. Mas algo me diz que True Blood ainda nos vai surpreender, em muitos sentidos. Provavelmente não só a nível de roteiro (que penso que será mesmo diferente da linha que seguem os livros) mas também a nível de casting, que até agora a meu ver tem sido impecável.

quinta-feira, janeiro 13

Sobre 2010 e o que se poderá esperar de 2011

O ano passado, provavelmente mais cedo que este ano - Peço desculpa pela prolongada ausência - escrevi um texto com inúmeros desejos para o ano que estava a chegar...
Chegou a altura de fazer o tal balanço... Quem sabe, fazer mais uma resolução ou duas...
Começo por dizer que este ano as passas estiveram em grande na minha passagem de ano. Se gostei? Não. Se foi necessário? Sim, já era tempo! E com champanhe que se não era bom, àquela hora já parecia quase néctar dos deuses comparado com os vários tipos de sangria caseira que tínhamos à nossa disposição (já se sabe como é, passagens de ano em casa vai acabar sempre por dar para "aquele amigo que sabe fazer sangria" fazer uns quantos tipos diferentes em quantidades industriais e claro ou ficam extremamente doces, ou extremamente fortes... Qualquer bebida em comparação fica a parecer muito, muito boa!) Bem!
Vamos lá para a introspecção?
Há um ano atrás... Tinha muitos objectivos para cumprir.Sonhos, desejos?
Posso dizer sem sombra de dúvida que o ano que passou...
Foi muito melhor do que o anterior. Por alguns motivos mais óbvios que outros - Embora não possa dizer que foi sempre fácil, nunca o é verdadeiramente, e sim já sabemos. Este ano fui feliz. Mais do que uma vez ou duas, encontrei-me simplesmente a pensar, "sou feliz" e gostei! 
Apesar de (ainda) não ter conhecido o Hugh Jackman, ou qualquer tipo de australiano, sempre conheci um William da Califórnia que estudava Finanças e era bastante atraente. Tem de contar para alguma coisa não é? Acho que para conhecer o Hugh tenho de fazer um plano um pouco mais longo, digamos cinco,  dez anos. Mas o importante é não desistir, está claro.
Fiz o dobro e conheci o dobro. Não só do mundo, das pessoas à minha volta, mas também de mim! Conheci o Museu do Cinema, em Turim, A Plaza de la Virgen em Valência e fiz metade do caminho entre Antuérpia e Paris - Com muita, muita neve. Embarquei sozinha em aventuras que me fascinaram, que me intrigaram, que me fizeram crescer em inúmeros sentidos. E adorei.
Estive lá para quem precisou de mim, mais que uma vez, mas também precisei que estivessem por mim, e finalmente - Eu suportei-me a mim própria muitas vezes - E acreditem, não foi tão mau quanto isso.
Famosa? Não sei, mas pelo menos fiquei conhecida em Valência como "la chica portuguesa que canta como un angel". E isso já foi qualquer coisa. Também em Valência recebi uma rosa e passeei à beira-mar com um espectacular Oxfordiano - E que bem que soube!
Continuo a querer fazer escalada - Este ano estou só à espera de um daqueles descontos fantásticos e não espero duas vezes! Talvez também um curso de escrita criativa, que sempre quis fazer? Talvez, talvez...
Sobrevivi ao meu projecto final de curso - E com boa prestação! Aprendi que trabalhar com as pessoas pode ser sempre o mais difícil de tudo e que um trabalho pode tornar-se exponencialmente mais complicado se as pessoas com quem estamos a trabalhar forem as erradas, ou simplesmente não adequadas à nossa maneira de ser!
Aderi ao projecto que se chama "Winkingbooks" (se quiserem aderir façam-no por minha recomendação, por favor) em que recebi em casa livros que gostava de ler já há algum tempo e enviei outros que já só estavam por aqui por puro coleccionismo, não por serem necessariamente bons ou por me terem dado gosto a ler.
Sobre mim própria descobri que sou muito mais, consigo muito mais e claro, serei sempre mais do que o crédito que me dou. E que se quiser mesmo algo, serei capaz com toda a certeza. Descobri que o inferno não são só os outros, mas sim nós próprios, e que pode ser muito difícil conseguirmos superar os desafios que levantamos para nós mesmos. Devemos ser sempre tão exigentes quanto possível, e esperar sempre mais. 
Os meus avós ficaram connosco mais um ano. E as minhas tias. E os meus pais. E a minha irmã. E ninguém imagina sequer o fantástico que isso é.
Não pedi desculpa a todos os que magoei simplesmente porque às vezes, magoamos por querer. Às vezes, temos de magoar para fazer entender e às vezes, não há sequer desculpa que valhe. Mas sei que pedi desculpa de todas as vezes em que fizeram realmente por merecer o meu respeito - E continuarei a pedir as vezes que forem precisas.
E pensando agora neste ano que está para vir...
Este ano vou mesmo (mesmo!) fazer escalda, está mais que prometido... E vou pegar numa mochila e conhecer mais um bocadinho de Portugal, fazer um interrail pelo país, conhecer mais e viver mais. Vou a Andorra, a Barcelona e a Madrid e se tudo correr bem mais sítios e mais viagens, ainda, que o ano que passou.
Este ano vou continuar a ver filmes do Hitchcock. Não só porque são muito bons, mas também porque ainda não os vi todos - Mas também, sinceramente, quem é que já viu, não é? (Agora sem desculpas... Se não for este ano, algum dia há-de ser! Já faltou mais). Quero ver os filmes que forem nomeados para os Óscares, que este ano me parecem com bastante qualidade - Para poder continuar a dar a minha opinião crítica mas extremamente bem informada.
Este ano quero continuar a surpreender-me, a conhecer coisas novas e a descobrir-me, todos os dias. Quero continuar a cantar, a tocar guitarra e a escrever tudo o que me estiver na alma - Porque já sei que só assim serei realmente eu.
Este ano quero muitos cafés, muitos copos no Bairro (com moderação) e muitas idas ao cinema - Home Cinema e discussões cinéfilas incluídas  - Quero muitos jantares com amigos e muitos momentos bem passados. Quero karaoke e cocktails. Quero singing in the rain
Quero romance e paixão na minha vida - Mas mais para o final do ano, que ainda estou em recuperação, ou liberdade condicional. E a curto prazo, que este coraçãozinho ainda não suporta assim tanta coisa.
Este ano quero ler mais! (Se bem que o tempo disponível não ajuda) Quero experimentar comida tailandesa, comer mais vezes mexicana e indiana, e quem sabe também ir para a russa e africana só para ver como é! Este ano quero cozinhar mais e aprender mais sobre sustentabilidade e responsabilidade social!
Este ano quero terminar as aulas do mestrado, começar a tese e fazer Erasmus - Quero viver ao máximo tudo que houver para viver e não deixar de fazer nada só porque não tenho companhia, ou porque não tenho "coragem" para tal. Este ano, se o dinheiro der para esse lado, quero fazer skydiving! (A sério)
Quero escrever mais neste blog que gosto tanto e que faz tanto parte de mim - Em ambos, que me completam, cada um à sua maneira... Quero aventurar-me no francês e acabar com o inglês de vez, talvez voltar a dar uma voltinha pelo espanhol!
E resta-me completar este post com o mesmo que terminei o ano passado - Pois continuo a desejar o mesmo, e a acreditar que o truque é mesmo esse:  over and over again.
Este ano, vou continuar aqui, a ser eu, a tentar colocar uma certa indignação, um sorriso, na cara de quem passa por aqui para ver o que terei escrito nos últimos dias.
Este ano vou ser eu, e espero conseguir sê-lo cada vez melhor.

quarta-feira, janeiro 12

Sleuth - 2007

Só mesmo porque já não faço uma review aqui há algum tempo... Vi finalmente o Sleuth com o Michael Caine e o Jude Law, e tenho a dizer: Medo! Se se pode dizer que há más prestações? Claro que não! Sempre é o Michael Caine, que tanto quanto eu sei, nem que quisesse fazer uma má prestação, aquele sotaque britânico com toda a certeza que salvaria o dia... E o Jude Law tinha ali uma oportunidade de brilhar de proporções gigantescas - Sendo que para os que viram o original, sabem do que estou a falar - E sim, estou a abrir uma exclusividade para o Sleuth original, porque já o mencionei no blog e tinham toda a obrigação de ir ver. Não posso dizer que é um mau filme, ou que mais valia não ter sido feito... Verdade seja dita, para quem não conhece o twist, é capaz de permanecer com um certo nível, uma certa intriga, enigmas por resolver...
Mas bem, o filme desenvolveu-se para um lado um pouco... Digamos que, inesperado, e não necessariamente num bom sentido. Chamem-me antiquada se quiserem - O que eu sei, é que na versão original não havia essas mariquices e estava muito bem assim - Porquê estragar o que estava bom? O filme tornou-se mais confuso, alguns temas eram centrais e deixaram de o ser, e outros tornaram-se desastrosamente óbvios quando passavam por muito, muito subtis.
Não posso dizer muito mais sem cumprir a minha regra de não-spoiler, mas posso dizer o seguinte - Não queria, de todo, ver este lado do Michael Caine. Para isso vou rever o Mamma Mia, na primeira música que o Pierce Brosman canta com a Meryl. E tenho o meu dia, no que toca a estragar imagens na minha cabeça, feito. Aliás, o mês inteiro. E mais uma coisinha - Acho muito bem que o Laurence Olivier, na outra versão, se tenha recusado a fazer estas poucas-vergonhas! E tenho dito!
(Calma, estou a exagerar um pouco, não estarão prontos a ver uma versão porno do Sleuth, starring Michael Cain, Jude Law e a difamada esposa. Mas só não digam depois que eu não avisei)

terça-feira, janeiro 11

Um Dia - David Nicholls


"Vinte anos, duas pessoas, um dia"
Este Natal recebi o livro "Um Dia", de David Nichols. Como já andava a namorá-lo há algum tempo, achei por bem pô-lo à frente do monte assustador de livros que tenho à espera de serem lidos por mim e começar a lê-lo logo no dia em que o recebi (ou seja, dia 23 de Dezembro, sendo que foi uma prenda de Natal antecipada).
Ora, tenha sido por estar perto de uma lareira, numa casa cuja temperatura ambiente deixava muito a desejar, e pouco mais para além dos já habitueés filmes de Natal a passar na televisão, a verdade é que no final do dia 25 o livro estava lido.
O que tenho a dizer? Bem que gostava de saber! Mas bem, já que comecei a escrever aqui umas coisas... Devo dizer que há muito tempo que não gostava tanto de um livro com uma escrita tão simples, com tema igualmente simples - Pessoas, amor - ou falta dele -  Atracção, crescer, distância, solidão, a vida que acontece sem darmos por isso e claro, romance, desencontros, e tantos tipos diferentes de emoção que é difícil falar deles com alguém que não leu também o livro.
Queria ler o livro porque uma amiga minha me emprestou um dos livrinhos que alguém teve a ideia de distribuir no autocarro, para pôr aquele "bichinho", e não é que resultou? Fiquei completamente agarrada. Mas quem lê apenas o primeiro capítulo não faz ideia da maturidade que está prestes a revelar-se ao longo do livro. A honestidade. A experiência de vida, o desenrolar de tudo. O final.
Se não chorei foi porque enfim, não sou assim tão menina. Ou não estava naquela altura do mês. Ou estava demasiado ocupada a pensar "Espectacular" e "será que ele tem mais livros?".
Enfim, leiam o livro, fiquem a conhecer a Emma e o Dexter, e os vinte anos que passam mais ou menos presentes na vida de cada um, acompanhem em quem se tornará a rapariga perspicaz e com respostas na ponta da língua, e o rapaz com demasiado dinheiro para ser psicologicamente saudável e demasiados mother issues para o seu próprio bem.

Deixo-vos o booktrailer (Aparentemente, cada vez mais em voga, e que dá um olhar mais cinematográfico à coisa - Tenho a dizer que já decidiram passar o filme para o grande ecrã supostamente para sair para o próximo ano - Mas não deixem de ler o livro! Sabe-se lá que monstruosidade poderão cometer na passagem para o roteiro, já se viu tanta coisa não é. Anne Hathaway e Jim Sturgess, de quem gosto bastante... Quem sabe, pode ser que até fique bem não é?)
Enjoy =)


domingo, janeiro 2

Curtas de Animação (XIV) - A Short Love Story in Stop Motion (2008)

Esta curta de animação conta-nos uma história de amor de várias gerações, e conta essa história de uma maneira simplesmente lindíssima, não só pela parte visual, mas também musical (Sigur Ros). No website do autor argentino, Carlos Lascano, ele diz-nos que usou apenas objectos reais e desenhos feitos à mão, para conseguir um efeito mais real e orgânico. 
Por isso, não se inibam e aproveitem um bom fullscreen nestes três minutos de animação! A simplicidade e ao mesmo tempo a atenção aos pormenores fazem esta uma das melhores curtas que eu já vi!

domingo, outubro 10

Um eléctrico chamado desejo

Arriscando-me a tornar este blog puramente teatro-related devido à ausência de posts, Quinta-feira fui ver "Um eléctrico chamado desejo", adaptação da peça de Tennessee Williams, e confesso que tenho de deixar aqui uma pequena nota.
E a minha recomendação é: Para saber se gostam, vejam a versão com Marlon Brando. O grande, o único, uma grande versão! Caso contrário, podem confundir esta história com outra qualquer, banal e um pouco cliché. Penso que acabou por se juntar uma amálgama de personagens que acabamos por detestar - Sendo que se o objectivo não era odiar profundamente a mulher que deixa que lhe façam tudo, a galdéria snobe que se aproveita da única família que tem e o marido violento e opressor, então qual seria?
Nisto a peça cumpre. 
Mas para substituir Vivien Leigh, Alexandre Lencastre já não cumpre assim tão bem! Porquê? Não se percebe! Tem tudo o que é preciso - O cenário giratório, o chapéu de 2 metros de diâmetro - Mas acaba por tentar calçar sapatos maiores que o seu pé - Se é que este não é um comentário demasiado aportuguesado para este blog. Não que eu saiba qual é o tamanho que calça a senhora, sendo que fiquei no balcão e mesmo com óculos alguns pormenores continuaram um pouco aquém do que poderiam ser. Consegui ver que o senhor principal tinha quase três metro e meio em comparação com todos os outros e que numa determinada  cena, calhou-lhe uma cerveja demasiado mexida e se ele conseguiu manter a compostura, que Deus lhe abençoe o talento =)
Não se pode dizer que ela esteja mal - Mesmo porque isso seria impossível para esta actriz em particular, que eu pessoalmente considero das melhores que existem por aí - mas talvez a espectativa fosse, simplesmente, demasiado alta!
A verdade é que não posso recomendar. É preciso gostar da história, é preciso gostar de teatro, é preciso ter sensibilidade e é preciso ir com um determinado humor e com uma boa abertura. Gostei! Gostei bastante. E é isto... Que tal para comeback post? =)

terça-feira, abril 13

A Bíblia: Toda a Palavra de Deus (d´uma assentada)

Numa palavra? Loucura! Em duas? Palhaçada completa... OU Alta qualidade! escolham!
Mais uma peça da Companhia Teatral do Chiado em que entramos já com grandes expectativas e não saímos desiludidos! (Se bem que para mim, é difícil superar As Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos ou As Vampiras Lésbicas de Sodoma) Não gostam de Teatro? Então venham ver esta comédia excelente que mudam já de ideias. Aliás, qualquer uma das que estão presentemente em cena - E esperamos que, durante bastante tempo!
Sobre a peça, não vou comentar - Apenas dizer que a Arca de noé ganhou toda uma nova imagem... Tal como o Adão, a Eva, o Livro dos Salmos e a Última ceia com direito a imperial, tal como o Elias (I e II). =) Todos os Domingos às 21h!!
Não se vão arrepender, está prometido (E vão sair de lá a assobiar o Playback que vai ser uma maravilha. E a música do Armagedão)

segunda-feira, abril 12

Mais um artista! Alejandro Amenábar

O que têm os seguintes filmes em comum?
-Abre Los Ojos (versão espanhola - e original e MUITO melhor - do americano Vanilla Sky); -Os Outros; -Mar Adentro, (em que aqui sim, o Javier Bardem devia ter ganho um óscar. E uma maiorzinho que os outros. Mas bem, vou parar de falar mal dos óscares, senão depois queixam-se hehe); -Ágora (claramente anti-cristianismo... Mas sinceramente, com fundamentações assim, who cares?)...
Todos estes scripts foram escritos pelo grande Alejandro Amenábar!
Atenção! Este ilustre senhor (que já merecia um postzinho por aqui) há algum tempo) faz-nos sentir! (Quer queiramos, quer não...)
Depois de ter sustido a respiração no "Ágora", chorado bastante no "Mar Adentro", surpreender-me no "Abre los ojos" - estamos a falar de maxilar descaído durante aproximadamente um minuto e meio -
apercebo-me do que têm em comum: Estes são filmes que ficam connosco...
Questões que nos torturam o cérebro, que nos levam a becos sem saída, abrem-nos os horizontes; São filmes que nos fazem apaixonar pela arte que é, de facto, escrever um argumento para um filme, saber contar uma história, dar um ponto de vista única acerca de determinada realidade, nunca fugir do que é pretendido transmitir, viver, viver intensamente determinada personagem por uma hora e meia ou duas horas ou três se fôr preciso.
Estes filmes levam-nos para lá do nosso sofá, para outros tempos e outras alturas que nunca conhecemos e dilemas que esperamos nunca vir a conhecer!
Enfim, uma vénia bem merecida! Desta humilde fã que ainda está chocada com algumas cenas do Ágora e que ainda é capaz de saltar em defesa da mulher como ser intelectual superior com os punhos e dentes cerrados só de me lembrar da Rachel Weisz de quem, note-se, não gosto assim tanto!
(E agora a sério... Destruir a biblioteca de Alexandria? Não se faz meus meninos, não se faz...)

sexta-feira, março 5

Rei Édipo (por Sófocles)

Anteontem fui (finalmente!) ao teatro, após demasiado tempo sem lá pôr os pés. O escolhido foi o Teatro D. Maria, e o resultado foi... Interessante, intenso, cultural... Tudo o que se adquire sempre, com cada peça, do meu ponto de vista - Salvo raras excepções. Já tinha saudades - tantas! - De sentir emoções transmitidas pela voz, pela postura, pelas expressões das personagens, VIVOS, à minha frente. De não pensar em efeitos especiais, de distinguir o improvisado do planeado, do texto.
Já tinha saudades de estremecer com a música, de ser tudo tão próximo, tão pessoal. Fui ver "O Rei Édipo" , com Diogo Infante e Virgílio Castelo, entre (muitos) outros.
Tudo o que me lembrava acerca de Édipo era, claro está, a história do enigma da esfinge. Com esta peça ganhei um bocadinho mais de conhecimento de mitologia grega (que nunca é demais!) e , enfim, cultura geral. O Homem na face dos mais temíveis pesadelos, a loucura, o incesto, o assassinato...
Sinceramente, passei a maioria da peça a proferir baixinho variadíssimos sons involuntários de agonia, tais como "uuuui" e "autch", em solidariedade com o pobre e muito azarado protagonista.
Se querem ver uma verdadeira tragédia grega, apressem-se! Não consigo imaginar nenhuma maior que esta - vocês também não vão conseguir. Infelizmente, não consigo dizer mais nada sem eventualmente colocar aqui um spoiler, e não quero quebrar a minha tradição.
Por isso, vão ver! Mesmo que não seja o vosso género. Podem adorar ou odiar, mas que não vos vais deixar indiferentes, isso nunca.

segunda-feira, fevereiro 22

Artistas do Dia - Waterboys

Esta música anima-me sempre! Pode ser que também vos anime a vocês...
Quando conhecemos aquelas pessoas que são tão extraodinárias, que nos fazem sentir simplesmente minúsculos!
(Nota: "I saw the rain dirty valley, you saw Brigadoon" - Grande referência ao musical com Gene Kelly)

terça-feira, fevereiro 16

Os Homens Que Matam Cabras Com o Olhar (2009)

"No Goats, No Glory"
Não estava à espera de grande coisa quando entrei na sala de cinema - Não estava propriamente com espírito de ver uma comédia, estava mais na onda de fantasia ou sci-fi, mais deixem-me-sonhar-só-por-uma-hora-e-meia.
Cerca de cinco minutos depois deste filme começar, já percebemos o que podemos, e não podemos esperar.
Não podemos esperar seriedade. Não podemos esperar conotações com a realidade. Não podemos dizer "isto é ridículo" porque, convenhamos, todo o filme o é, assumidamente.
Não podemos esperar grandes risadas, típicamente de um típico humor americano, ou humor fácil. Não devemos esperar vulgaridade.
Deste filme podemos esperar uma espécie de sátira do princípio ao fim. Sem esquecer claro, que por incrível que pareça, foi baseado em factos reais.
Só por curiosidade, o livro em que foi baseado o filme supostamente apontava conexões reais entre o exército dos EU e certas tácticas de interrogamentos levados a cabo, tal como referido no filme, recorrendo a forças psíquicas e técnicas mais New Age. No livro o autor refere uma pesquisa intensiva sobre o assunto, e tal como referido acima, afirma-se baseado em factos reais.

(Jeff Bridges neste tipo de papel foi qualquer coisa. Tive vontade de ir ver algum clássico com ele depois do filme acabar. E não me consigo lembrar de nenhum. Não que Jeff Bridges seja, de longe, um actor que admiro ou cuja carreira sigo com devoção. Mas foi uma destruição de... mito... bastante dramática. Já o Kevin Spacey... Bem, ele sempre foi ligeiramente estranho. Desde que lhe tiraram o cabelo do último do Super-homem que para mim nunca mais foi igual. E devo notar que Ewan McGregor já não tem a sua borbulha no meio da testa. Uma decisão sábia, a meu ver. Se me perguntassem o que eu retirava do Moulin Rouge, era isso. O resto, tudo igual. Mas aquela borbulhinha no meio da testa? E nem vou falar da Guerra das Estrelas. Um Jedi, por regra, nunca devia ter borbulhas. mas se tivesse seria uma máscula, quase a rebentar, ali bem à vista. Não é uma daquelas. Estava e não estava, enfim, um pesadelo. Boa jogada, Ewan. Continuamos a gostar de ti. E alguém adorou o facto de um dos actores principais no poster do filme seja "cabra"? Genial.)
Tenho também a dizer: Boston forever!
Este filme não é para todos. Mais uma vez, não o recomendaria a qualquer pessoa. Provavelmente começaria por perguntar se essa pessoa gostou do "Destruir Depois de Ler". Porque se achou ESSE filme uma palhaçada do princípio ao fim, então este será um grande passo à frente na loucura que pode atingir o ecrã cinematográfico. Eu achei piada. Não deu para grandes gargalhadas. Mas deu para um sorriso a modos que constante. E por vezes, só isso já chega.
Mas que nunca vamos esquecer o olhar penetrante de George Clooney a matar uma cabra, isso nunca.

sexta-feira, janeiro 8

Artistas do Dia - INXS

Vou aproveitar para explorar a vossa cultura musical, pode ser?
INXS, para os que se perguntam, pronuncia-se "In Excess". (Excelente!)
O vocalista da formação original foi encontrado morto (supõe-se suicídio, não fosse ele uma grande rock star) em 1997. Depois disso, e com a ajuda de um polémico reality-show, em 2005 arranjaram um novo vocalista, JD Fortune, com quem lançaram o novo álbum, Switch.
Se não conhecem, aproveitem. É óptimo, acho que não há uma única música que não se aproveite!
Das suas músicas mais conhecemos temos "New Sensation", "Need You Tonight", "Mystify", "Devil Inside", "Afterglow", "Pretty Vegas", e "Beautiful Girl" - Com a qual me despeço... Que me tem feito companhia no estudo de Avaliação de Empresas. (ui!)

terça-feira, janeiro 5

Desejos para 2010


Peço desde já desculpa pela ausência; A verdade é que estou em época de exames e não tenho mãos a medir com tudo o que tenho a fazer e o pouco tempo que me resta para o que gosto realmente, para o que é só meu (e neste caso, vosso!).
Por isso, daqui a um mês (mais coisa, menos coisa) voltarei em força.
Já passou mais um ano, não é verdade?

Como foram as entradas? (que bela frase)
Eu só tenho pena de não ter cumprido o ritual das passas. Ainda nunca o fiz, e tenho pena. Sinto sempre que falta qualquer coisa. Mas bebi champanhe. Que aliás estava aceitável, ao contrário de outros anos.
E claro, o êxtase terá sido ouvir "as pombinhas da catrina andarão de mão em mão" na guitarra eléctrica. E shot's de carácter duvidoso. E o facto de ter sido uma noite que nos ficou por menos de 12€ e que teve tudo o que era preciso, snooker e karaoke incluído.
Ora bem, eu estou aqui numa fase muito introspectiva, vamos todos fazer a pausa habitual e pensar: Onde estava eu há um ano atrás? Que sonhos/desejos tinha, para o ano que estava para vir? Que promessas fiz a mim próprio? Quantas cumpri? E agora, pensem: Quantas vão cumprir este ano? Mas o que é realmente importante é olhar para trás e ter a certeza que, pelo menos, fizemos alguma coisa!
Eu fiz, e vocês?
A quantos sítios deixaram de ir porque estavam quentinhos em casa, quantos convites recusaram porque não conheciam bem toda a gente que ia, em qunatas conversas acabaram por não participar porque "não valia a pena"?
E concertos? Peças de Teatro? Filmes no cinema? Quantos é que passaram, entraram e saíram de cena, em que disseram "vou da próxima vez"?
Este ano desejei que o próximo ano fosse melhor que o que passou.
Quem me conhece sabe que isso não é, de todo, complicado. Sabe que estes dois anos que passaram me testaram a níveis que eu nem sabia que tinha. Este tem mesmo de ser melhor. Como sempre, desejei ser feliz.
E claro, conhecer o Hugh Jackman. Vou cruzar os dedos, pode ser que seja este ano.
Mas este ano desejo fazer o dobro das coisas que fiz o ano passado. Conhecer o dobro. Viver o dobro! Este ano quero fazer alguma coisa não só por mim mas pelo mundo à minha volta.
Este ano, quero continuar a lutar por ser feliz, por sorrir, quero continuar a lembrar-me de tudo o que temos de bom, quero lembrar-me dos amigos.
Este ano, quero estar lá para alguém, em vez de precisar que estejam lá para mim.
Este ano quero ser famosa! Nem que seja uma mão no noticiário da uma.
Este ano quero fazer escalada. Quero sobreviver ao meu projecto final de curso.
Quero conhecer Portugal, pelo menos mais um bocadinho.
Este ano quero investir ainda mais no que já tenho, em vez de olhar para fora, enquanto procuro algo mais. Quero ver todos os filmes de Hitchcock.
Este ano quero ir mais vezes à cinemateca.
Quero gastar menos dinheiro em coisas que realmente não preciso e mais no que me apaixona. Este ano quero ser sócia da biblioteca do campo pequeno, para ver se gasto menos dineiro em livros. Este ano vou pedir mais vezes livros emprestados.
Este ano vou devolver os livros que tenho aqui em casa e não são meus. E os dvd's. Este ano vou pedir de volta todos os dvd's que emprestei e esperar tê-los todos de volta em 2017.
Este ano quero descobrir pelo menos uma coisa nova sobre mim própria. Quero surpreender-me pelo menos todos os meses.
Este ano quero dar-me a conhecer. Quero continuar a amar as minhas aulas de canto e arranjar coragem e agenda para re-entrar para o ginásio.

Quero conhecer ainda mais restaurantes e sítios onde consigo ir tomar um café e falar sobre tudo o que me apetecer pela noite dentro.

Este ano quero usar os descontos do livro do lifecooler que a minha irmã me deu no Natal.
Este ano quero continuar a dar prendas "só porque me lembrei de ti".
Este ano quero receber uma rosa; Quero passear à beira-mar; Quero que os meus avós fiquem connosco mais um ano;
Este ano quero escrever um post tão espectacular que me digam "devias enviar isso para algum jornal". E enviem por mim, mas não me cheguem a dizer;
Este ano quero parar de esperar que as pessoas que me magoaram ao longo do ano me peçam desculpa.
Este ano espero ter coragem para pedir desculpa a quem magoei.

Este ano, vou continuar aqui, a ser eu, a tentar colocar uma certa indignação, um sorriso, na cara de quem passa por aqui para ver o que terei escrito nos últimos dias.
Este ano vou ser eu, e espero conseguir sê-lo cada vez melhor.

domingo, dezembro 20

Curtas de Animação (XIII) - Presto (2009)

Nomeada para os óscares 2009. Excelente... Associada ao filme Wall-E (Um pequeno/grande bónus para os que se aventuraram a ficar mais num bocadinho na sala de cinema)

sábado, dezembro 19

Artista do Dia - Wakey! Wakey!

Subam o volume, coloquem headphones...
Sobretudo, aproveitem a música até ao final e sem interrupções...

(Quando cometemos aqueles erros a modos que imperdoáveis e não sabemos bem como pedir desculpa)

segunda-feira, dezembro 14

Dangerous Passionate People

Bem, não resisti a postar este vídeo...
Inacreditável, devo dizer que este é um perigo da falta de comunicação entre as pessoas (Neste caso, casais). Nem a mais nem a menos, é certo, nenhum extremo é saudável... Mas considerando estes casos, a mais acaba por, pelo menos, parecer melhor. Medo, meus amigos, medo desta pessoa... E nem quero imaginar este regresso a casa... Falemos de Bad Break-up's...

sábado, dezembro 12

Uma casa sem factura de energia na Dinamarca

Esta é uma notícia que me faz ter esperança no futuro, que me faz pensar que é possível, não vamos ter de respirar por mascaras de oxigénio, os nosso filhos vão poder brincar na rua e ter uma infância ainda melhor que a nossa, aprenderemos a coexistir pacificamente sem armas de destruição e guerras e pobreza, a riqueza estará bem distribuída - aliás o dinheiro não terá valor - poderemos reconstruir a camada de ozono, descobrir a cura para o cancro e para a sida, reverter doenças como parkinson, curar esquizofrenias, serão dados subsídios generosos a quem quiser ficar em casa a cuidar dos filhos e a dar-lhes uma boa educação, as escolas terão bons professores e ainda melhores condições, todos os trabalhos serão por gosto apenas para poder contribuir positivamente para a sociedade e o voluntariado estará mais em voga do que alguma vez esteve devido a todos os apoios governamentais, começaremos a explorar outros planetas e colónias do tipo paraíso serão construídas devido aos enormes avanços científicos, a cultura estará ao alcance de todos, tal como a possibilidade de nos teleportarmos para qualquer país do mundo só para dar uma voltinha, e os livros serão grátis, os chocolates e os capuccinos e os moccas brancos e as cookies também..........
Bem, o que é que foi?
Não posso sonhar, é? Desculpem lá, heim?!
Que chatice...
Leiam a notícia.
E p
ermitam-se, nem que seja só por um instante, sonhar a cores...

terça-feira, dezembro 8

Palavras que ficam...(II)

"O homem comum é o único que interessa. Os outros são por ele."
Interessante?
Profundo?
Não?
Pois, aparentemente já não é preciso para que uma citação seja colocada nas paredes de uma edificação pública. Antigamente via-se Sócrates, Platão, um ou outro Presidente americano, Martin Luther King.
Hoje em dia, pensámos que não, para quê criar todo um orçamento para lidar com os direitos de autor? Não não, ó Zé, anda cá escrever qualquer coisinha
E o Zé vai. No intervalo entre um retoque no rodapé e um golinho de jola.
E poesia de andaime.
Sinceramente, até poesia de andaime era melhor. Sempre rimava. Sempre dava para puxar um meio sorriso. Mas isto é suposto ser o quê? Acham que estou a exagerar?
"Pintar é falar consigo mesmo para que alguém nos entenda"
Ora bem, ora bem... Mas que bonito. Então se fizesse sentido era uma maravilha.
Primeiro, conjugar os tempos verbais era engraçado. Por outro lado, para quê fazer sentido, já que nada na frase faz sentido de qualquer maneira?
"A perfeição contém e exige exactidão"
Outra vez: Bonito. Bonito, até começarmos a pensar bem e percebermos que NÃO FAZ SENTIDO NENHUM.
Quem são estas pessoas que produzem estas pérolas literárias?
E não sei bem se estão prontos para a próxima, mas eu acredito que sim.
Eu sei que não estava.
"O cânone não é obra do homem, é a captação que o homem pode da imanência"
Vá..... Quem é que recebeu o papel higiénico das palavras? Digam lá. Não sejam tímidos... Não há cá espaço para essas coisas. Não neste blog!
Quem recebeu claramente que fez bom uso dele.
POdemos fazer um requerimento para mudar as paredes do Metro da Alameda? Vá lá...
Ou um grupo no Facebook, "Pessoas que odeiam as paredes do Metro do Saldanha, direcção Alameda"
Alguém?
Deixo-vos com
"Deve certamente haver outras maneiras de salvar uma pessoa, senão estou perdido"
(by Médico Desconhecido na Sala de Operações)

quinta-feira, dezembro 3

Hoje a única coisa que me animava...

...Era um Mocca Branco e uma cookie de chocolate Branco do Starbucks. Ou então assim algo simplesmente ultra calórico e com ar de que nos vai dar cabo da contagem de lípidos no sangue ou da celulite na nádega direita. Sim, que não há cá brincadeiras com a esquerda. Sempre me disseram, ah e tal, mas essa nádega esquerda é mesmo qualquer coisa. E eu, pois é, assim mesmo, a outra às vezes lá se desencaminha, o que é irónico sendo que estamos a falar de partes corporais que supostamente têm uma mobilidade muito reduzida. Mas a minha esquerda é perfeitinha, isso é. Não se dá logo por ela mas quando se dá, faz furor.
(Vou pedir ao Pai Natal um belo de um termo para ter um desconto de 0,40€ em cada refill. E porque não? Oito vezes depois de fazer esta brincadeira já ganhei um caramel machiatto... E trinta depois, está o termo totalmente amortizado... Aposto que já fiz comentários muito mais nerd's. E com menor utilidade. Aqui está informação que podem usar, finalmente! Agora esperem mais uns mesinhos e pode ser que tenham sorte outra vez...)

Trarei em breve curiosidades sobre caracóis. Esperem para ver.
Até lá, deixo-vos uma das razões pela qual a música é uma das coisas que mais me fascina e emociona à face da terra. E olhem que eu sou facilmente impressionável... (E daí, talvez eles sejam mesmo muito bons - Alguém quer construir um pódio para o inventor dos ferrinhos do baterista?)

quinta-feira, novembro 26

Heteroscedasticidade

Cá estamos outra vez, em directo de uma grande aula de Análise. Desta feita, cheira-me que foi o resultado de muitos shots de absinto. Mas isto sou só eu.

quarta-feira, novembro 25

Duas Descobertas... E um Filme!

Um:
Após utilização como arma de arremesso ou para poder desencorajar qualquer possível assalto, ambas sugeridas pelo meu professor de Fiscalidade, encontrei hoje uma nova utilização para o livro "Sistema Fiscal Português": Guarda-chuva!, e digo-vos que serviu mais ou menos bem. Molhei-me na mesma mas o efeito psicológico foi, sem dúvida, impagável. Dois:
O Starbucks tem agora uns copos de shot especiais de Natal. O que têm copos de shot a ver com o Natal? Não faço a mais pequena ideia. Eles que inventem qualquer coisa. Talvez para beber uma bebida típica de Natal. Há sempre uma desculpa qualquer!
Já sei o que está nao minha lista, para juntar aos outros copinhos que já representam quase 2/15 da Europa. A seguir a um termo bem fashion para poder pagar menos pelo café mas mesmo assim acabar por gastar mais dinheiro por ir lá mais vezes, precisamente por pagar menos pelo café: Um dos fenómenos de uma campanha de Marketing bem conseguida, de que eu espero fazer parte =)
Hoje conto ver o filme "Moon". Se devia? Não. Porquê? Porque tenho muito, mas muito mais para fazer. Mas se quero, e se preciso, e se ando aqui mortinha para o ver, e parece totalmente o meu tipo de filme? Sem dúvida! Ai ai que bem que me sabia um mocca branco...

terça-feira, novembro 24

Surpreende-te

É altura de alguém o dizer: Estamos estagnados! Estamos apegados aos mesmos amigos, aos mesmos horários, às mesmas conversas, aos mesmos sítios, aos mesmos dogmas, às mesmas maneiras de pensar. Já chega! Parem já com esta palhaçada toda, mas acham que já viram tudo o que têm para ver? Já conheceram tudo o que tinham para conhecer? Já não têm mais nada de novo que vos apaixone, já não precisam de ter ou de sentir algo diferente e que vos faça descarrilar, cometer uma loucura, sair do óbvio, e do pacato, e do tradicional?
Surpreendam-vos a vocês próprios pelo menos uma vez por semana e vejam bem a diferença que isso faz! A sério =)
Falem com um estranho, entrem num curso diferente, provem uma comida nova, dêem uma prenda só porque sim, conheçam cafés e bares e restaurantes diferentes, um livro que nunca esperaram ler, uma saia que nunca pensaram vestir, um concerto que não pagariam sequer para ir.
Vamos fazer isso... E vamos começar já amanhã =) O que é que acham, está prometido?

quarta-feira, novembro 18

Pequenas Indignações (VII)

Aquelas pessoas que andam com o belo do guarda-chuva no Inverno e que não sabem olhar por baixo para ver se por acaso não está ninguém a passar ou à frente... Especialmente quando nos esquecemos do NOSSO em casa... E somos pequeninos. Eu sei que sou...
E mais:
O que faz a loja "Casinha do Pai Natal", no Chiado, nos restantes dez meses e meio do ano? Vende bonequinhos do senhor velhinho com os seus calções vermelhos a apanhar sol no Verão? Mostra o outro lado do Pai Natal, o Pai Natal desportivo, que está activo todo o ano, não só no Natal, a fazer bodyboard e canoagem? Azevinho especial de Outono?
Vamos chamar a este um negócio puramente sazonal, shall we?

segunda-feira, novembro 16

Roy Orbison - She's a Mistery to Me

Estou totalmente apaixonada por esta música... Escrita por Bono, interpretada por Roy Orbison, que eu pessoalmente só conhecia devido à música "Pretty Woman"... Mas esta está uns quantos degraus acima... (Bem me parecia que tinha um não-sei-quê de U2!)

quarta-feira, novembro 11

Artista do Dia - Billy Joel

William Joseph Martin Joel - Pois é, Billy Joel é muito mais giro, não é verdade? Eu por mim também hei-de mudar o meu nome quando tiver o meu primeiro êxito musical - Sim, ele há-de chegar!
Os Beatles foram grandes impulsionadores da sua carreira musical - Billy foi inspirado por eles quando os viu, pela primeira vez, num concerto. Isto é que é vontade, meus amigos.
Deixo-vos Piano Man, o seu primeiro grande sucesso, merecídissimo... E a grande voz de Billy Joel, já de há uns aninhos atrás, claro.
Ah e para mim qualquer música que consiga incorporar, com sucesso, uma harmónica, para mim tem um valor imediatamente acrescido...
(Nota: Este senhor apareceu na Rua Sésamo. Só isso, já valia uma aparição neste blog, não é verdade senhor Locutor? hehe)