Vi há algum tempo um filme que me marcou positivamente, e não queria deixar de referi-lo, especialmente porque nunca tinha ouvido dele. O casting não é tão desconhecido quanto isso (Joaquin Phoenix, Sean Penn e Claire Danes) e o nome do filme é algo sugestivo,
Resumidamente: Passa-se no ano de 2021, e pode ser considerado um thriller romântico-futurístico. Mas - note-se! - é muito mais do que isso. O que é exactamente não sei. Esqueçam toda a noção/cliché de Filme Romântico (Todos conhecemos este cliché - em que sabemos sempre o que vai acontecer e que há-de ser tudo perfeito mas que mesmo assim, vemos até ao fim... Porque somos todos uns corações moles, ou porque o principal é giro, ou às vezes porque não nos apetece pensar muito e ficamos contentes connosco próprios pela correcta antevisão do que se vai passar)
Esta história faz-nos pensar.
Apercebemo-nos também que: Neste futuro criado por Thomas Vintenberg, à superfície nada está excessivamente diferente. pequenas diferenças mas sobretudo uma ideia muito nítida - O mundo está finalmente a entrar numa fase apocalíptica - Os erros que fomos cometendo enquanto sociedade evoluída (maioritariamente, danos ambientais) atacam-nos de vez, e sobretudo - e aqui está a primeira singularidade do filme - as pessoas parecem estar sujeitas e uma espécie de doença inexplicável - O coração vai ficando mais fraco, subitamente e sem razão aparente, têm um ataque cardíaco e morrem. Por todo o lado. A prova está nas ruas de Nova Iorque, preenchidas com corpos caídos de 20 em 20 metros.
Acima de tudo - O filme trata de Amor. Das várias camadas do Amor, não apenas o Amor Romântico, mas o Amor Fraternal, o Amor Altruísta, aquele que faz com que se sorria sem razão nenhuma a uma pessoa que não conhecemos, aquele que nos faz dar uma moeda a um sem-abrigo. Trata de como tudo isso (toda essa ausência crescente de Amor) afecta de tal modo as pessoas que o coração enfraquece, de dor. De solidão. De tristeza. De falta de Amor. E essencialmente, eu gostei. E vocês?
"O Amor é Tudo".
Foi um daqueles filmes que tive pena de não ter apreciado numa sala de cinema, devido sobretudo às imagens lindíssimas, e ao acompanhamento musical ao longo do filme. (Digamos que Som Surround não abunda aqui por casa - O mais próximo é pôr umas colunas minúsculas atrás de mim, fechar as luzes e esperar que não me venham bater à porta do escritório para perguntar se já arrumei o quarto)Resumidamente: Passa-se no ano de 2021, e pode ser considerado um thriller romântico-futurístico. Mas - note-se! - é muito mais do que isso. O que é exactamente não sei. Esqueçam toda a noção/cliché de Filme Romântico (Todos conhecemos este cliché - em que sabemos sempre o que vai acontecer e que há-de ser tudo perfeito mas que mesmo assim, vemos até ao fim... Porque somos todos uns corações moles, ou porque o principal é giro, ou às vezes porque não nos apetece pensar muito e ficamos contentes connosco próprios pela correcta antevisão do que se vai passar)
Esta história faz-nos pensar.
Apercebemo-nos também que: Neste futuro criado por Thomas Vintenberg, à superfície nada está excessivamente diferente. pequenas diferenças mas sobretudo uma ideia muito nítida - O mundo está finalmente a entrar numa fase apocalíptica - Os erros que fomos cometendo enquanto sociedade evoluída (maioritariamente, danos ambientais) atacam-nos de vez, e sobretudo - e aqui está a primeira singularidade do filme - as pessoas parecem estar sujeitas e uma espécie de doença inexplicável - O coração vai ficando mais fraco, subitamente e sem razão aparente, têm um ataque cardíaco e morrem. Por todo o lado. A prova está nas ruas de Nova Iorque, preenchidas com corpos caídos de 20 em 20 metros.
"-There's a dead man in front of us.
- Just step over him! Is he someone you know?
-No.
- So just step over him".
Poderia ser mais poético, mais romântico, mais profundo, menos profundo, menos enigmático, mais curto, mais terra-a-terra, menos confuso (...). Poderia ser muita coisa. Mas não é. E ainda bem.
O filme é uma amálgama de metáforas, de duplos sentidos, de nenhum-sentido-de-todo muitas das vezes. É um filme estranho e meio "marado". Pois, é verdade. Mas porque não apreciar a "anormalidade" do filme tal como ela é? Apreciem a experiência de um filme... Diferente. (Teria de ser pelo menos isso, não fosse este um filme Americano, Dinamarquês, Inglês e Japonês! não é todos os dias!)
Sean Penn faz furor no que eu gosto de chamar o "momento Al Pacino", ou seja: Acaba o filme em grande, com um discurso brutal. Os créditos já iam a meio e eu continuava ali, as palavras a ressoarem numa continuidade magistralmente brutal.Acima de tudo - O filme trata de Amor. Das várias camadas do Amor, não apenas o Amor Romântico, mas o Amor Fraternal, o Amor Altruísta, aquele que faz com que se sorria sem razão nenhuma a uma pessoa que não conhecemos, aquele que nos faz dar uma moeda a um sem-abrigo. Trata de como tudo isso (toda essa ausência crescente de Amor) afecta de tal modo as pessoas que o coração enfraquece, de dor. De solidão. De tristeza. De falta de Amor. E essencialmente, eu gostei. E vocês?
2 comentários:
vi o filme e concordo com tudo o que disseste...
é marado? sim, muito mesmo...
mas também acho que só seria tão bom como é, se fosse assim...grande filme, ignorado pela crítica (mais um dos...) e com boas representações...a história está mesmo poderosa e não entra nos clichés dos filmes românticos (até porque não é disso que se trata)
trata do amor...apenas e só do amor e de tudo o que o compõe e envolve...porque afinal de contas, "it's all about love"
(ok...se calhar forcei a entrada do título no comentário...lol)
Uuuuh! My kind of movie!
E parece-me que te serviu de forte inspiração, mas eu até tenho medo de sugerir adicionar este à lista do que temos para ver... já nem sei quantos são! =)
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