quinta-feira, maio 28

Sleuth, 1972

"Think of the Perfect Crime...
Then Go One Step Further"

Mais um bom clássico... Só ouvi falar deste filme graças ao remake de 2007, com Jude Law e Michael Caine. Sendo uma enorme fã de teatro, naturalmente que a aparente simplicidade me fascina. Neste caso, existe simplicidade de cenários. O filme poderia passar-se todo na mesma divisão, mas acaba por se passar sempre dentro (e fora) de uma mansão londrina. Mas a simplicidade não se estende ao enredo, nem aos diálogos.
A história segue dois homens que se encontram na tal mansão, o dono (Andrew Wyke, protagonizado por Laurence Olivier, com uma interpretação bastante perturbadora) e o amante da sua mulher (Milo Tindel,por Michael Caine). Este estranho encontro terá sido organizado por Andrew, aparentemente sem um motivo lógico.
O diálogo, espectacular, cheio de sub-textos e insinuações, acaba por nos indicar várias coisas, entre elas: estamos perante um homem perigosamente inteligente, manipulador, e que adora jogar. Que tipo de jogos? Qualquer um, mas quanto mais excitante fôr, melhor.
O filme desloca-se lentamente para o género crime, quando se descobre que o dono da mansão é um escritor de policiais, do género
Poirot. Voltamos assim ao tema que já apaixonou tantos leitores, escritores, cineastas e cinéfilos ao longo dos tempos: O crime perfeito.
Para não desvendar mais nada do que se passa: Este não é, de todo, um filme simples. Não é linear. Não é um daqueles filmes de Sábado à tarde em que se perderem um bocadinho (ou meia hora) depois do intervalo não há problema, ou que podem começar num dia e acabar uma semana depois. Seria um desperdício. Guardem isso para os High School Musical's e a sequela número 23 do AMerican Pie.

Curiosidade: Na versão de 1972, Michael Caine protagonizou Milo Tindel; Na de 2007, protagonizou a personagem de Andrew Wyke. Será realmente interessante ver como será esta versão renovada.
A verdade é que consigo perfeitamente colocar Jude Law na personagem de Milo. E não tenho normalmente a tendência de o colocar em personagem nenhuma, portanto... Isto diz muita coisa.
Sou adepta sempre de ver diferentes versões de filme, para ter bases de comparação, e tenho descoberto demasiadas vezes que o antigo é o melhor. Mas desta vez não sei se será. Palmas para Laurence Olivier e Michael Caine. Jude Law, fica para ver noutra altura. De certeza absoluta.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom, devo dizer que sempre tive curiosidade em ver este filme...e agora tenho ainda mais :)

gostei muito do que escreveste e da maneira como o escreveste :)

acho que não há ninguem que leia este post que não fique com vontade de ver o filme, por isso a tua tarefa foi cumprida :)

beijo enorme