quarta-feira, setembro 16

Morte de Patrick Swayze

Perdemos mais um ícone da história do cinema. Muitos dizem que não tem sido um bom ano para a indústria cinematográfica... Mas se é verdade que perdemos grandes personalidades, também o é que tanto Paul Newman como Charlton Heston tiveram um carreira invejável, e (esperemos que) uma vida realizada. Também Heath Ledger nos deixou cedo demais, mas com pelo menos uma performance que será recordada para sempre, sem favoritismos, no "Dark Knight". E Patrick Swayze não é excepção, pois apesar de também ele ter sido vítima de uma morte prematura, deixou-nos não só uma bela colecção de êxitos de Blockbuster, como uma última série em que nos surpreendeu agradavelmente, com um personagem que não era, de todo, o que esperávamos dele. Vejam a série "The Beast".
Escrevo essencialmente este post para dizer que o Patrick Swayze foi muito mais do que o menino bad boy do Dirty Dancing. O filme que dele gostei mais - e que aconselho vivamente, chama-se Road House. Não faço ideia qual é o nome em Português, mas tenho a certeza que em breve devemos ver uns quantos lançamentos especiais Patrick Swayze, esse há-de surgir.
Deixo-vos o trailer. E se encontrar mais visionamentos extraordinários a relembrar, vou ver se faço referência por aqui, como sempre...
Penso que muito já foi dito. E tentando não seguir demasiado clichés, há alguns que existem por alguma razão...
R.I.P.

domingo, setembro 13

Curtas de Animação (IX) - Harvey Krumpet

Esta curta de animação australiana conta a história de Harvey Krumpet, que nasceu na Polónia em 1922, e a quem, basicamente, acontece quase tudo de mau que é possível acontecer! Narrada por Geoffrey Rush (conhecido por muitos pela sua aparição como Barbossa nos Piratas das Caraíbas), e realizada por Adam Elliot, esta curta fez-me lançar uma ou duas gargalhadas, principalmente com os vários "pop-up's" dos factos incontáveis que Harvey foi descobrindo...
"Some are born great, some achieve greatness, some have greatness thrust upon them
.....and then there are others"
Mais uma história em que a vida é o que fizermos dela... Independentemente dos desafios que nos lancem, das situações mais complicadas que possam surgir... Neste caso, independentemente da doença de Tourette, de sermos atingidos por raios, de sermos ímanes humanos ou lutar contra convicções sociais como nudez pública. Sejam bem-vindos à história de Harvey Krumpet! E não se esqueçam de deixar aí o vosso facto favorito =) De certeza que o Harvey ia agradecer...

Pequenas Indignações (VI) - Jericho

E hoje, terminei a série "Jericho". Não durou muito, sendo que é composta por uma temporada mais sete episódios de uma semi-segunda. Para quem não sabe, nesta série, protagonizada por Skeet Ulrich (conhecido pela sua grande aparição no primeiro Scream, ou Gritos), temos a oportunidade de presenciar um cenário apocalíptico visto através de uma pequena cidade de Kansas - Jericho. Num dia como qualquer outro, com o qual tomamos conhecimento no piloto, existe uma explosão nuclear na cidade de Denver, perto de Jericho, e Jericho fica totalmente isolada do resto do mundo.
Ninguém sabe quem causou a explosão; Se foi a única; Se foi o resultado de um ataque massivo contra os Estados Unidos; Se foi uma catástrofe a nível mundial; Se serão até os últimos sobreviventes de um ataque suicida que tentou exterminar por completo a raça humana e deles depende a sobrevivência da espécie.
Tudo é possível, porque não há maneira de saber o que realmente aconteceu! Entretanto, seguimos todas as tentativas de não causar o pânico na população de Jericho, encontrar respostas, lutar pela sobrevivência, manter a ordem e não deixar o caos instalar-se definitivamente sem electricidade, energia ou comunicações, recorrendo a soluções extremistas ou nunca antes experienciadas.
A série acaba por se focar mais na família Green, da qual faz parte o Mayor, que eu pessoalmente venero como "o líder idealmente humano", a sua mulher e os seus dois filhos, o mais certinho (ou, como veremos mais à frente, talvez não) e o bad boy (Skeet Ulrich), que voltou de uma demanda misteriosa de que ninguém tem conhecimento. Sabe-se que este bad boy tem grandes expertises técnicos, estrategas e, claro!, que continua sexy como sempre. Pronto, se não virem pelo Skeet, vejam pela Ashley Scott...
Esta série mostra que em situações extremas, ninguém é o que parece, o herói transforma-se no vilão e o mais insignificante dos personagens pode eventualmente encontrar-se como sendo o salvador da situação, ninguém se pode dar ao luxo de ser apenas uma pessoa, mas sim uma comunidade que luta, vive, sofre, em conjunto.
Não vou contar mais nada porque... Não faz grande sentido. Espero que chegue para aguçar a curiosidade. Mas não é só esse o objectivo do post: Esta série foi cancelada logo na primeira temporada. Mais uma vez: Incompreensivelmente! Graças ao apoio de milhões de fãs, e a uma das maiores campanhas alguma vez vistas (foram enviadas para a sede da CBS, com "Nuts!" nas caixas, com as cascas de cerca de 8 milhões de amendoins, devido ao final da primeira temporada - A não perder) a série voltou ao ar, para uma segunda temporada com apenas 7 episódios: Que não chegou para responder nem a metade das perguntas, nem para aproveitar todo o potencial que esta série tinha, e continua a ter. Como é que uma série que pelo menos não pode ser assim tão má, é cancelada? Para os possíveis fãs: Fala-se de realizar um filme talvez para o ano, ou continuar a história em BD. Nada contra... Mas mesmo assim, não se percebe.
"Nuts!"
Como curiosidade: No início de cada episódio, ao aparecer o título " Jericho", aparecem várias mensagens diferentes, em código morse, relacionadas com os diferentes episódios.
Eu gostei imenso da série: Achei que para além da premissa particularmente aliciante, tinha bons personagens (com interacções bastante credíveis, o que nem sempre acontece), grandes cenas de acção (que convenhamos, dá sempre aquele
feeling de excitação e... nice!).
É emotiva, tem uma boa banda sonora, boas interpretações, e faz-nos pensar numa série de coisas.... Vejam por vocês mesmos...
E se tudo isto não chegou para convencer ninguém, vejam o pequeno vídeo que está em baixo, com as essenciais "100 razões para gostar de Jericho":
I rest my case!

sábado, setembro 12

Curtas de Animação (VIII) Lavatory Lovestory (2007)

Depois de algum tempo sem curtas (custou, mas foi...) aqui fica mais uma, que eu já devia ter postado há mais tempo...
É uma curta de animação russa, realizada por Konstantin Bronzit, e deve ser a curta com o visual mais simples que já visionei. A história é igualmente simples, romântica, mas muito terra-a-terra, claramente a representar o romance dos tempos modernos. O facto de ser muda apenas lhe acrescenta valor.
Foi nomeada para os óscares de 2009, juntamente com a "La Maison Des Petits Cubes", contra a qual perdeu, o que eu considero como astante justo. Mas permanece uma curta de animação... Vá, vamos lá, muitíssimo doce...!

quinta-feira, setembro 10

The Prestige, 2006

Sinceramente, não sei como é que consegui passar tanto tempo sem falar deste filme. Aliás, este acaba por ser um post 2 em 1, já que o livro, por Christopher Priest, também deve aqui ser homenageado. (Tanto quanto o que aqui se apresenta se pode considerar como homenagens! Eu penso que sim, mas claro sou mais que suspeita)
Infelizmente (ou não) vi o filme antes de ler o livro. Mas a curiosidade apertou, e o livro estava simplesmente a gritar-me que o desfolhasse, que o devorasse com tudo o que me fosse na alma, e foi isso que fiz. E nunca pensei que gostasse tanto!
Por vezes, cometemos o erro de pensar que ver um filme ou ler o livro vai dar ao mesmo. (Pronto, eu não costumo fazer isso. Shame on you all...) Na maior parte dos casos, tanto os argumentistas como os realizadores tentam transformar o filme numa coisa diferente: Algo que se suporte por si só, sem haver necessidade de recorrer ao livro, ou de o ter lido; Mas que consiga manter a mesma "essência", por assim dizer.
Christopher Nolan (responsável já por grandes obras-primas cinematográficas como Memento, Batman Begins e Dark Knight - Como realizador E Argumentista, que a meu ver torna o senhor no mínimo, cool) não podia ter feito melhor trabalho!
Prestige - O Terceiro Passo (sim, nós temos esta mania de acrescentar frases a seguir ao nome do filme - Nunca percebi. Prestige era curto demais? Não chegava para aguçar a curiosidade?) conta a história de dois mágicos que levam a rivalidade profissional a um nível pessoal muito mais elevado do que se poderia esperar, devido a um acidente trágico em que Angier culpa Bale pela morte da sua mulher. Já só pensam em ultrapassar-se mutuamente em todos os espectáculos que fazem, imitando cenários, sabotando e roubando truques, numa luta constante que perturba de tão intrínseca e renhida. E como não podia deixar de ser, trágica e envolvente. Como palavras-chave podemos facilmente descrever: Obsessão, segredo e sacrifício. Temos a oportunidade de ver o mundo da magia de uma persepectiva única e assombrosamente dura.
"The man stole my life. I steal his trick."
Os actores escolhidos para os papéis estiveram, simplesmente, perfeitos: Hugh Jackman (Para sempre Wolverine), como Robert Angier e Christian Bale (claro, para sempre Batman) como Alfred Borden, Michael Caine numa aparição mais pequena mas de grande valor, David Bowie (esse mesmo), Andy Serkis (Sim, o nosso Gollum do Senhor dos Anéis), e Scarlett Johanson que a meu ver poderia ter dado uma maior contribuição ao filme.
Há quanto tempo não vêm um filme com um final verdadeiramente surpreendente? Eu já não via há algum tempo. Mas este confesso que quase me fez bater palmas no cinema (Felizmente que há um grande respeito pelo silêncio nas salas de cinema!), e escrever uma carta de agradecimento por finalmente um filme recente me dar o gozo que deu!
E notemos: O livro é igualmente extraordinário... Mas bastante diferente. Não sei se alguma vez tinha ficado tão arrepiada a ler um livro, e digo isto de MEDO mesmo. Um final verdadeiramente creepy, em que se alguém me viesse tocar no ombro na altura eu tinha dado um salto nada pequeno...
Se se deixarem mesmo envolver no romance, e quer tenham visto o filme antes, ou não, vão adorar - Está garantido.
E claro, aqui fica o trailer - para ver e chorar por mais...